terça-feira, 25 de agosto de 2015

Confirmação da prometida aposta na formação.

Que fique claro! Acima de tudo eu quero é que o Benfica ganhe títulos. Não quero que se hipoteque o futuro, gastando mais do que é possível.

Nos últimos anos o Benfica voltou a sentir o gosto das vitórias, de modo continuado e não pontualmente, nas sobras dos tripeiros. Faz-me alguma alergia os adeptos que dizem que o JJ devia ter ganho mais com as equipas que lhe deram. No futebol não se ganha sempre, apesar de os adeptos o exigirem, mas temos de estar na disputa até ao fim. Já se devem ter esquecido das últimas três décadas!

O que me tem entristecido é o continuado desaparecimento de portugueses da equipa principal, com respetiva falta de representantes na nossa seleção. Podem chamar-lhe saudosismo, que o futebol atual é global, mas a verdade é que gostaria de ver o meu Benfica mais português.

A aposta do presidente e, pelo que dizem, um dos motivos da contratação do Rui Vitória, é a formação. Claro que os resultados não podem ser descurados, mas todos temos na ponta da língua variadíssimas contratações bem inferiores que os "meninos" da nossa formação. Então porque é que se assume (pelo que se lê em todo o lado) que a aposta na formação leva ao fracasso?

Não se pode continuar a comprar jogadores, de duvidosa qualidade, e ao mesmo tempo apostar na formação, pois o plantel tem de ter um reduzido número de jogadores, senão é ingovernável.

Este ano fizeram a pré-época seis jogadores vindos da equipa B: Victor Lindelöf, Nélson Semedo, Gonçalo Guedes, Nuno Santos, João Teixeira e Raphael Guzzo. Mantêm-se todos no plantel, com exceção do Guzzo, entretanto emprestado ao Tondela. Foram emprestados alguns estrangeiros, diria eu inesperadamente, abrindo vagas para que (pelo menos alguns) possam ficar. Incluo nesta lista, pela idade e pelo potencial, Mukhtar, César, Pelé ou Murillo.

As grandes supresas deste arranque do campeonato foi a titularidade do Nélson Semedo, que silenciou os que pediam substituo a Maxi Pereira, e os minutos dados a Victor Andrade, a quem foi dada oportunidade depois de excelente início de época pela equipa B.

Agora a notícia é a passagem ao plantel principal do menino Renato Sanches, com apenas 18 anos, depois da renovação de contrato até 2021. Esta "promoção" terá até abortado a aquisição do argentino Bruno Zuculini, do Manchester City. Penso que a equipa B é o espaço ideal para estes meninos crescerem, mas se for possível conciliar as duas coisas, melhor.

O plantel principal neste momento tem mais de 30 jogadores, pelo que alguém tem de sair. Falta menos de uma semana para fechar o mercado de transferências e falta arrumar a casa.



Renato Sanches vai seguir as pisadas de Nélson Semedo e Victor Andrade, passando a contar como reforço do plantel principal para a nova temporada. Esta semana, segundo apurou O JOGO, o médio de 18 anos passará a estar sob as ordens de Rui Vitória e, assim, disponível para contar como opção para a posição 8, de médio de transição, habitualmente desempenhada por Pizzi.

Pelas primeiras opções tomadas por Rui Vitória, percebe-se que Samaris conta mais como médio-defensivo, tendo Fejsa como concorrente, e Talisca foi lançado nas alas ou como segundo avançado, pelo que apenas Pizzi surge nesta fase como médio de construção. Identificada esta lacuna, a SAD equacionou avançar para a contratação de um médio. Zuculini esteve na calha, mas a transferência foi rejeitada precisamente porque a opção aponta para a aposta em mais um jogador formado no Seixal.

Fonte: OJogo

4 comentários:

  1. Victor Lindelöf, Nelson Semedo, Gonçalo Guedes, Nuno Santos, João Teixeira e Raphael Guzzo foram integrados na pré-época. Guzzo fez zero minutos e já não faz parte do plantel. De Lindelof, Teixeira e Nuno Santos deixou de se ouvir falar. Guedes é um suplente que tem jogado pouquíssimos minutos e ficou fora dos 18 no último jogo. Entretanto, apareceu Vítor Andrade e, agora, Renato Sanches. Nelson Semedo tem 21 anos e chegou ao Benfica com 19. Não é bem um "produto da formação". Markovic chegou com a mesma idade ao Benfica. Também não é "produto da formação".
    Por outro lado, meter um miúdo em campo quando estamos empatados ou a perder e esperar que ele resolva, como tem acontecido com Vítor Andrade, não é apostar em jovens. É queimar jovens.
    Acho que são factores preocupantes.

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    1. MARKOVIC nunca jogou nas equipas de formação, NELSON SEMEDO sim.
      SEMEDO É DA FORMAÇÃO.
      Não é queimar ninguém é dar oportunidade aos jovens o que estão sempre a pedir. As oportunidades dão se nos jogos a sério não é nos treinos. Eusébio começou assim. Pelé também. Há centenas de exemplos.

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    2. "Eusébio começou assim. Pelé também." De facto, os jogadores absolutamente fora de série começam assim. Mas Eusébios e Pelés são 0,1% dos futebolistas. Aplicar o modelo dos Eusébios e Pelés aos outros é simplesmente estúpido. Os outros 99,9% devem começar de outra maneira. Com integração progressiva. Começam a jogar na taça da liga, que são jogos a sério, e em jogos em que o Benfica já esteja a ganhar por 2 ou 3. Não devem passar imediatamente a titulares de uma equipa como o Benfica quando têm 0 minutos jogados na primeira divisão. E não devem ser atirados para dentro do campo quando a equipa está empatada ou a perder, recaindo sobre eles a responsabilidade de resolver o jogo.

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  2. A malta não sabe o que quer. No tempo do judas era "ah a formação" agora é "ah as contratações", sou a favor de se contratar para acrescentar. Se for de igual valor prefiro os nossos.

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