segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Tarde em grande na Luz... e não foi só pelo resultado!



Mas alguém ainda tem dúvidas que o futebol tem de ser Domingo à Tarde?



No sábado à tarde fui ao estádio da Luz para levantar 2 bilhetes e levar, pela primeira vez, as três filhas à bola (aproveitando o RedPass dum amigo). Qual não foi o meu espanto quando vejo a placa:

Fiquei com dois problemas nas mãos:
  1. Como é que digo às miúdas que não podem vir todas à bola?
  2. Qual das miúdas é que vem comigo?


Lá arranjei coragem para lhes dizer que afinal, apesar dos meus esforços, não tinha arranjado bilhetes. Para decidir quem vinha tive de me valer dos dotes de negociador. Como a mais velha era a que não vinha há mais tempo, teve preferência.



A tarde estava fantástica e como se esperava o estádio estava lotado, com 58637 alminhas a apoia o Glorioso. Bem talvez perto de 50 puxassem pelo Feirense, perdidos num setor onde provavelmente cabem todos os sócios do clube. Das mais de 58 mil no estádio, havia uma muito especial e estava no setor 13.





O onze titular foi:
Ederson; Semedo, Luisão, Lindelof, Grimaldo; Fejsa; Salvio, Pizzi e Carrillo; Guedes e Mitroglou

No banco sentaram-se: Júlio César, Lisandro, Zivkovic, Cervi, Celis, André Almeida e Zé Gomes

A rotatividade dos guarda-redes deu a titularidade a Ederson. Pelo que diz o RV, a 4ª feira passada do Júlio César não alterou o plano já traçado. A saída do André Horta deu a titularidade ao Carrillo, com a deslocação do Pizzi para o centro. Até entendo que o peruano tem de recuperar o tempo perdido jogando, mas voltou a passar ao lado do jogo. Coincidência ou não, quando o Cervi entrou para o seu lugar marcou um golo de cabeça passado apenas um minuto.

Cheguei já decorria o jogo e não vi o falhanço incrível dos "azuis e brancos", mas disseram-me que o estádio tinha gelado. A partir daqui o jogo só teve um sentido, o da baliza do Feirense e a prova disso são os 70% de posse de bola, no final do jogo.

Aos 35 minutos um grande (auto)golo de Luís Aurélio, que remata com o seu melhor pé, mas que com o corpo torto acaba por furar as redes do Peçanha, que ficou sem reação. A equipa de Santa Maria da Feira estava a fazer o seu jogo, fechadinhos lá a trás e a tentar jogar em contra-ataque. Este golo trouxe verdade ao marcador e o Benfica acalmou.


A 2ª parte começou com o Benfica a controlar o jogo. Aos 62 minutos mais um golo caricato, permitiu ao argentino Sálvio marcar, passado um ano e meio. O defesa Icaro tentou "aliviar" e atira contra o argentino, que tem o mérito de pressionar o adversário. A bola ressalta em Sálvio e entra na baliza. O estádio vem abaixo, num misto de alegria pelo golo e risota pela jogada.




Aos 69 minutos entra o pequenino Franco Cervi para o lugar do apagado Carrillo, que saiu debaixo de um grande aplauso. Não sei se eram de apoio ou de "já vais tarde!". O futebol tem destas coisas e, coincidência ou não, passado 1 minuto marca a passe do Nélson Semedo, com conta peso e medida.

"Calma que três ainda não chegam! Há meninos que se deixam empatar, a ganhar por três!" :)


A equipa ouviu e queria o quarto golo. Entrou o menino Zé Gomes para o lugar de Mitroglou e estreou-se Zivkovic, para o lugar do Gonçalo Guedes. Cheirava a festa e o Rui Vitória queria a goleada.

O sérvio, que percebe-se ser um grande jogador, voltou a ter azar, pois saiu a coxear no final do jogo. Apesar de ter estado pouco tempo em campo, esteve o suficiente para levar mais uma pantufada.


Mesmo a acabar, a cereja no topo do bolo! Falta em frente à área do Feirense, ligeiramente descaída para a esquerda, a pedir o pé direito do Pizzi. Grande confusão na barreira, com Zé Gomes e Lindelof a tentar ganhar posição e os do Feirense a não deixarem. Até que vem o Luisão, lá da nossa metade do campo, impor a sua estatura para acabar com as discussões e desconcentrar a barreira. Curiosamente quem marcou foi o pequeno Grimaldo, que coroou uma exibição fantástica, rematando por cima da barreira, com o Peçanha a não esboçar defesa. Aqui vê-se tudo em pormenor.

Foi o espanhol que marcou, mas para mim a intervenção do Luisão foi fundamental e foi por ele que gritei no golo. Grande exibição do capitão no regresso à equipa. Os jovens Lisandro e Lindelof são grandes jogadores, mas precisam duma voz de comando, que tem de ser Luisão ou Jardel.

Serão agora três semanas sem stress, no topo da classificação, a olhar de cima para os adversários.

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