quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Tiros ao lado e a estratégia do mercado!

Retomamos com a entrevista ao Record.
Aguardar até ao último dia foi decisão. Opção. Pensada. Um risco. Calculado.

R- Casos como os do Djavan, Luís Felipe e Candeias. Foram más contratações?
JJ- Não. Vamos ver; quando se escolhe um jogador há vários critérios. A qualidade do atleta mas também o aspeto financeiro. Se pudermos contratar jogadores de 20, 30 ou 40 milhões dificilmente falhamos. Mas mesmo assim também podemos falhar. Agora, quando se tem de contratar em campeonatos pouco conhecidos, de equipas em que esses mesmos jogadores estão praticamente a aparecer, vai-se no risco. Porque é preciso ir naquele momento, se demorarmos tempo pode perder-se a hipótese. Umas vezes consegue-se acertar, mas há outras em que se falha. Mas o importante é ter a consciência que aquele jogador tem o nível para fazer parte das exigências do Benfica. Depois, aqui a trabalhar com ele, vimos se na realidade é assim ou não. Porque há componentes que não são conhecidas. Podes conhecer a componente física ou técnica, mas não conheces a psicológica porque nunca trabalhaste com ele. E isso é muito importante. Também desconheces a formação tática desse jogador. Só se começa a conhecer esse lado quando se trabalha com ele. Como coloco essas exigências num nível muito alto, a alguns jogadores temos de dar tempo, temos de os colocar noutros clubes para se adaptarem, para crescerem. Fazemo-lo porque acreditamos neles, acreditamos que depois podem voltar ao Benfica.

R- Em que momento da pré-temporada toma consciência que vai ter de apostar em alguns suplentes do ano anterior, e com isso passar a ter uma segunda linha mais fragilizada?
JJ- Nunca pensei nisso, porque eu, o presidente e o Rui tínhamos, nessa altura uma estratégia para o mercado. Sabíamos que ainda precisávamos de contratar entre dois a quatro jogadores, mas queríamos faze-lo mesmo no limite do prazo. Não nos queríamos precipitar e aceitámos arriscar até ao último dia. Foi assim que chegamos ao Samaris, ao Cristante, ao Júlio César e ao Jonas. Jogamos nesse limite de risco.

R- Esses jogadores eram alvos definidos ou foram oportunidades de mercado?
JJ- Tínhamos alvos definidos, mas quando não tens capacidade financeira, normalmente nunca consegues contratar a tua primeira opção. Quando dás por ela já se vai na 4ª ou 5ª opção.

In Farmácia Franco

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