Á meia dúzia é mais barato! Crónica de uma vitória gorda.

Final de dia de stressante, com saída do trabalho "ligeiramente" atrasado, a pôr em risco a chegada a horas ao jogo. Felizmente o minuto de silêncio em memória do Rei Eusébio permitiu ver o pontapé de arranque, no preciso momento em que nos sentamos no nosso lugar.

Faz dois nos que partiu, mas nunca será esquecido!

A equipa titular não apresentou surpresas, com o marroquino Carcela na posição do Nico Gaitán. Esta opção reforça a subida de forma e/ou a adaptação à equipa do marroquino e a descida de forma do miúdo Gonçalo Guedes.

Os intervenientes no jogo foram: Júlio César, André Almeida, Lisandro López, Jardel (capitão), Eliseu, Fejsa, Carcela, Renato Sanches (68' - Talisca), Pizzi, Jonas (68' - Gonçalo Guedes), Raúl Jiménez (81' - Mitroglou).

Entrámos bem no jogo, mas o Marítimo respondia bem. Aos 11 minutos, um livre frontal marcado por Jonas, com remate rasteiro a fazer a bola passar ao lado do poste direito, e 13 minutos o mexicano Raúl Jiménez, isolado por Jonas, permite defesa de José Sá (que tinha entrado aos 7 minutos por lesão do titular Salin), com a baliza completamente escancarada. Aos 20 minutos o Dyego Sousa falha uma grande oportunidade para o Marítimo e põe em sentido a equipa do Benfica e os adeptos, que começaram a suspirar pelo falhanço do Jiménez.

Aos 29 minutos o jogo "acaba". Há um "antes minuto 29" e um "depois minuto 29".

Bom entendimento entre Carcela e Eliseu, Carcela cruza da esquerda, a bola sobra para Pizzi, que dispara para a baliza.A bola bate do "velhinho" Briguel e desvia para a baliza. Foi sorte? Foi, mas o futebol é isto. 

Passados 5 minutos de novo Carcela, que desmarca Raúl Jiménez. O  mexicano vai à linha cruzar, o redes José Sá desvia para os pés de Pizzi, que mais uma vez dispara forte para a baliza.

Passado um minuto Pizzi desmarca o Jonas, que foge na esquerda e remata para a baliza. O redes defende e Jiménez, ao segundo poste, empurra para a baliza.

Os três golos foram muito parecidos. Todos do lado esquerdo, no espaço entre o defesa direito e o central direito do Marítimo. O treinador Ivo Vieira apostou na experiência do Briguel, que tinha jogado apenas 50 minutos neste campeonato, mas deu-se mal.

Na segunda parte, o Benfica entrou muito bem e com vontade de dilatar a vantagem.

Aos 52 minutos Jonas marca um penalty que ele próprio sofreu, por falta clara do João Diogo, depois de ter sido bem servido por Jiménez na área. Houve uma situação caricata que deu cartão amarelo ao Raúl Jiménez e ao Dyego Sousa, por não se entenderem quanto ao local onde ficavam na marcação da grande penalidade.

Aos 54 minutos mais um penalty convertido por Jonas, por falta de Fernando Ferreira que derruba Carcela na área do Marítimo. Ambos os penalties foram marcados com força para o lado esquerdo, com o José Sá a adivinhar o lado, mas sem hipóteses de defender. Assim é que se marcam penalties.

Com o jogo mais que resolvido começaram as substituições, pois no domingo há outro jogo, e, aos 69 minutos, na primeira vez que o Talisca toca na bola, marca um golaço como só ele sabe fazer. Se ele jogasse com a mesma qualidade com que remata de fora da área, seria sem dúvida um jogador de classe mundial.

Até ao final do jogo um falhanço incrível do Jiménez e outro do Mitroglou (que entrou para o seu lugar) não levaram a goleada para números invulgares. Perdoa-se apenas porque todos gostam de marcar nestes jogos, principalmente os avançados.

Parecia uma quarta-feira europeia, com jogo à noite e com chuva e frio, mas que valeu muito a pena, com uma goleada das antigas. O melhor em campo foi o Pizzi, com muita justiça, mas o Jonas, o Renato Sanches, o Carcela ou o Lisandro estiveram muito bem.