quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Afinal até foi razoavelzito?!

Foi um jogo muito agradável. Temperatura amena e confortável…no sofá. Sim, que por lá na Ucrânia dizem que rachava ossos. Mesmo assim, se nos tivesse calhado daqui a 1 mês a ida lá teria sido bem pior.
Ditou o calendário que era a fechar a primeira volta que íamos a Kiev, após uma paragem para as seleções seguida de jogo da Taça contra equipa de escalão inferior…mas que só caiu para lá dos 90.

Depois de um jogo em que fomos sempre superiores e inesperadamente permitimos o empate aos turcos na Luz, a derrota que quase se vestiu de goleada trazia para a 3ª jornada o mote de que antes de sonhar com apuramentos para a fase seguinte da Champions tínhamos de primeiro merecer e assegurar que a partir de Fevereiro não tínhamos apenas despesas nacionais na agenda…e o Dynamo teria de ser o sacrificado deste objetivo.


O onze não deixava dúvidas e era o que perfeitamente se esperava. A atitude essa…honestamente até me surpreendeu. Acima de tudo comparando com outros jogos, houve uma gigantesca diferença num pormenor: a recuperação vs perdas de bola no meio campo. Fiquei bastante agradado com essa enorme melhoria. Em vez de oferecer brindes no nosso meio campo, ora em pressão ora em antecipação recuperámos inúmeras bolas evitando ataques e procurando sair em velocidade. As segundas bolas foram muitas vezes nossas. Mesmo assim…o melhor em campo foi o Ederson! E isso não pode ser bom sinal! Os laterais foram muitas vezes comidos e abriram espaço para entrada dos avançados contrários (aquele capitão deles não é nenhum tosco). Felizmente não era o Nápoles ou outra equipa que contra nós não perdoou uma oportunidade como as 4 ou 5 que os Ucranianos conseguiram ter!
Ederson salvou o que parecia certo várias vezes! E quando não esteve lá, ainda falharam 2 vezes à boca da baliza…e outra acabou por embater no Grimaldo que resvalava de carrinho e aparecer no caminho da bola.
Com um jogo controlado, com vantagem no marcador desde cedo, sendo melhores que o adversário…é estranho constatar que na verdade quem teve várias (sim, bem mais do que se poderia permitir) oportunidades de golo clamorosas foi a equipa da casa…

Aos 10 da primeira parte, na sequência de um canto, Guedes recupera a bola e arranca para a área onde é rasteirado para castigo máximo apontado pelo Salvio. E aos 10 da segunda parte é novamente pela direita que Salvio consegue ganhar a linha e assistir Cervi que primeiro acerta no Mitro e depois insiste para a meter no fundo das redes.


Luisão fez um corte maravilhoso aos 27 minutos a evitar a entrada nas costas do Nelson e comandou bem a defesa. Fejsa fez um jogo de grande nível e desta vez raramente errou um passe. Pizzi foi o pilar da equipa naquele miolo e esteve exemplar. Destaque ainda para o regresso de Raúl que muito jeito dará em breve para arrebitar de novo o Mitroglou! Por fim, o Guedes, é impressionante como ele batalha e nunca desiste. O puto tem dado tudo…e mesmo assim falta sempre aquele bocadinho…remata de onde estiver, corre, apoia, nem sempre bem, muitas vezes caindo na tentação de cometer falta atacante, mas se há quem insista nas diagonais, em abrir espaços e linhas de passe, em tentar surpreender…é ele. Por alguma coisa o Jonas já se referiu a ele como “fera”. Ainda lhe falta aquele bocadinho, mas tem sido extremamente útil.


No final de contas ainda parece que o empate com os turcos até foi razoaveltizo atendendo a que foram a Nápoles vencer os italianos??! Não. Na Luz fomos muito superiores e não podíamos ter desperdiçado aqueles 2 pontos! Mas a verdade é que está tudo em aberto 6 pontos, 5 pontos, 4 pontos, 1 ponto.

Somámos a primeira vitória. Encaixe financeiro e relançar nos objetivos que nos importam na Europa. Agora é na Luz que temos de manter este ritmo e resolver de vez o destino de Antunes e Derlis. E depois disputar cara-a-cara com quem sonha merecer chegar o mesmo que nós!

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