Foi um jogo muito agradável. Temperatura amena e confortável…no sofá.
Sim, que por lá na Ucrânia dizem que rachava ossos. Mesmo assim, se nos tivesse
calhado daqui a 1 mês a ida lá teria sido bem pior.
Ditou o calendário que era a fechar a primeira volta que íamos a Kiev,
após uma paragem para as seleções seguida de jogo da Taça contra equipa de
escalão inferior…mas que só caiu para lá dos 90.
Depois de um jogo em que fomos sempre superiores e inesperadamente
permitimos o empate aos turcos na Luz, a derrota que quase se vestiu de goleada
trazia para a 3ª jornada o mote de que antes de sonhar com apuramentos para a
fase seguinte da Champions tínhamos de primeiro merecer e assegurar que a partir
de Fevereiro não tínhamos apenas despesas nacionais na agenda…e o Dynamo teria
de ser o sacrificado deste objetivo.
O onze não deixava dúvidas e era o que perfeitamente se esperava. A
atitude essa…honestamente até me surpreendeu. Acima de tudo comparando com
outros jogos, houve uma gigantesca diferença num pormenor: a recuperação vs
perdas de bola no meio campo. Fiquei bastante agradado com essa enorme
melhoria. Em vez de oferecer brindes no nosso meio campo, ora em pressão ora em
antecipação recuperámos inúmeras bolas evitando ataques e procurando sair em
velocidade. As segundas bolas foram muitas vezes nossas. Mesmo assim…o melhor
em campo foi o Ederson! E isso não pode ser bom sinal! Os laterais foram muitas
vezes comidos e abriram espaço para entrada dos avançados contrários (aquele
capitão deles não é nenhum tosco). Felizmente não era o Nápoles ou outra equipa
que contra nós não perdoou uma oportunidade como as 4 ou 5 que os Ucranianos
conseguiram ter!
Ederson salvou o que parecia certo várias vezes! E quando não esteve
lá, ainda falharam 2 vezes à boca da baliza…e outra acabou por embater no
Grimaldo que resvalava de carrinho e aparecer no caminho da bola.
Com um jogo controlado, com vantagem no marcador desde cedo, sendo
melhores que o adversário…é estranho constatar que na verdade quem teve várias
(sim, bem mais do que se poderia permitir) oportunidades de golo clamorosas foi
a equipa da casa…
Aos 10 da primeira parte, na sequência de um canto, Guedes recupera a
bola e arranca para a área onde é rasteirado para castigo máximo apontado pelo
Salvio. E aos 10 da segunda parte é novamente pela direita que Salvio consegue
ganhar a linha e assistir Cervi que primeiro acerta no Mitro e depois insiste
para a meter no fundo das redes.
Luisão fez um corte maravilhoso aos 27 minutos a evitar a entrada nas
costas do Nelson e comandou bem a defesa. Fejsa fez um jogo de grande nível e
desta vez raramente errou um passe. Pizzi foi o pilar da equipa naquele miolo e
esteve exemplar. Destaque ainda para o regresso de Raúl que muito jeito dará em
breve para arrebitar de novo o Mitroglou! Por fim, o Guedes, é impressionante
como ele batalha e nunca desiste. O puto tem dado tudo…e mesmo assim falta
sempre aquele bocadinho…remata de onde estiver, corre, apoia, nem sempre bem, muitas
vezes caindo na tentação de cometer falta atacante, mas se há quem insista nas
diagonais, em abrir espaços e linhas de passe, em tentar surpreender…é ele. Por
alguma coisa o Jonas já se referiu a ele como “fera”. Ainda lhe falta aquele
bocadinho, mas tem sido extremamente útil.
No final de contas ainda parece que o empate com os turcos até foi
razoaveltizo atendendo a que foram a Nápoles vencer os italianos??! Não. Na Luz
fomos muito superiores e não podíamos ter desperdiçado aqueles 2 pontos! Mas a
verdade é que está tudo em aberto 6 pontos, 5 pontos, 4 pontos, 1 ponto.
Somámos a primeira vitória. Encaixe financeiro e relançar nos objetivos
que nos importam na Europa. Agora é na Luz que temos de manter este ritmo e
resolver de vez o destino de Antunes e Derlis. E depois disputar cara-a-cara
com quem sonha merecer chegar o mesmo que nós!
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