Não foi um jogo brilhante do Benfica, não sendo mau, contra uma equipa bem treinada e com a moral em grande, com 4 vitórias em 4 jogos do novo treinador Luís Castro.
Foi um jogo duma equipa madura, que sabe o seu estatuto, mas que "não descansa à sombra da bananeira". Foi uma demonstração de controlo a vários níveis.
CONTROLO DESPORTIVO
O onze apresentado foi o habitual, com Rafa no lugar do Sálvio (por lesão), de André Almeida no lugar do Grimaldo (por lesão) e de Mitroglou no lugar que já foi seu, mas que tem sido (bem) ocupado pelo Raúl Jiménez.
A equipa titular foi Ederson; Semedo, Luisão, Lindelof e André Almeida; Rafa, Pizzi, Fejsa e Cervi; Guedes e Mitroglou. No banco ficaram: Paulo Lopes, Samaris, Jiménez, Jonas, Carrillo, Jardel e Celis. O argentino Lisandro Lopez e o sérvio Zivkovic foram convocados, mas veem o jogo da bancada.
O Benfica entrou muito forte, para chegar rapidamente ao golo e passar a controlar o jogo desportivamente. Rafa, Pizzi e Guedes eram setas apontadas à baliza adversária e o Mitro, que esteve apagado antes de perder a titularidade, apareceu transfigurado para melhor e começava a aparecer.
Passados 5 minutos, numa jogada de insistência e de alguns ressaltos, a bola chega aos pés de Mitroglou que, com facilidade, marca o primeiro da noite.
CONTROLO EMOCIONAL
O Benfica tirou um pouco o pé do acelerador e o Rio Ave cresceu, sem criar grande perigo. O Mitro fez um slalom "à la Messi", mas o remate foi frouxo.
No final da primeira parte volta a acelerar e a fazer estragos. Pizzi (sempre ele!) a pegar na bola como uma seta para a baliza, combina com Rafa, já no interior da área, antes de picar a bola sobre Cássio.
O transmontano tem 4 assistências e 7 golos, sendo o melhor da equipa nestes dois indicadores. Mas há uns "inteligentes" que não percebem a sua importância na equipa. Compreendo que há um treinador dentro de cada adepto, mas há pessoal muito ingrato.
É um jogador super humilde e nunca põe os seus interesses à frente dos interesses da equipa. Joga onde o treinador manda e, apesar dos jogos não serem todos perfeitos, nunca é por falta de entrega.
CONTROLO FÍSICO
No início da 2ª parte o treinador do Rio Ave pôs "a carne no assador", com duas substituições duma assentada, como prova que o jogo ainda não tinha terminado. Ainda assim o Benfica entrou melhor, mas ao fim de 10 minutos voltou a abrandar. Os vila-condenses tiveram duas oportunidades, nomeadamente a segunda obrigou a uma defesa extraordinária do Ederson.
O Rui Vitória refrescou a equipa, saindo o Rafa que já estava cansado, para a entrada do Jonas. O Estádio da Luz ia a baixo com a entrada do Pistolas. Primeiro jogo na Luz esta época. Bem-vindo a casa! Passados 10 minutos saiu o Mitroglou e entrou o Jiménez. O mexicano ia tentar bater o seu record de golos em jogos consecutivos. mas não teve sorte.
Pouco tempo depois saiu o cansado Gonçalo Guedes e entrou o Carrillo, sem influência no jogo. No final do jogo o Pizzi a forçar o segundo amarelo, para cumprir castigo no jogo da Taça da Liga e jogar em Guimarães. Não é bonito, mas todos fazem!
Foram 51566 espectadores, muito próximo da média deste ano (para a liga) que é de 55821. Num jogo a uma 4ª feira, às 18h, parece-me uma excelente casa.
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