sábado, 18 de abril de 2020

Se fosse hoje o VAR invalidava!

Gosto muito de futebol e acompanho o Benfica em casa com regularidade, mas confesso que não me lembro de muitos momentos específicos. Não sou daqueles que se lembra de todos os golos, das jogadas, ou mesmo de jogos importantes.


Claro que me lembro de alguns momentos especiais e um deles fez hoje 30 anos. Lembro-me perfeitamente desta noite, no (velhinho) estádio da Luz. Recebemos o Marselha, na 2.ª mão da meia-final da Taça dos Campeões Europeus, depois de perdermos por 2-1 no Vélodrome. Acabou por ser um bom resultado, pois podíamos ter "levado" 4 ou 5 golos.

A equipa francesa estava recheada de grandes jogadores: Jean-Pierre Papin, Mozer, Didier Deschamps, Tigana, Chris Waddle e Enzo Francescoli.

Podem ler aqui a receção que os franceses tiveram no inferno da Luz, nas palavras do Mozer, que tinha saído da Luz no ano anterior. 

Tínhamos as nossas armas, Paneira, Valdo, Magnusson, mas a arma secreta estava no banco. Não éramos os favoritos nesta eliminatória!


O jogo foi equilibrado e mantinha-se sem golos, mas um golo chegava para passar e ninguém se ia embora. Aos 82 minutos o brasileiro Valdo marca um canto e o angolano Vata estica-se e mete a bola lá dentro. Houve uma explosão no estádio e a grande maioria dos 120.000 espectadores ficariam com uma memória para o resto da vida. Abracei pessoas que tinha visto e que nunca mais veria. 



Só mais tarde veria o golo na televisão e que ficaria para a história como a "Mão de Vata", quatro anos depois da "Mão de Deus" de Maradona, no Mundial de 1986 no México. Infelizmente a "Mão de Vata" não nos trouxe a sorte de vencermos a final da Taça, que perdemos com o AC Milão (1-0), como a "Mão de Deus", que além do "Golo do Século" no mesmo jogo (Maradona arrancou do meio-campo, passou por seis adversários ingleses e fez o 2º do jogo), ainda se sagrou campeã do Mundo, vencendo a Alemanha  por 3-2.

Curiosamente o Vata nunca admitiu a mão na bola e continua a dizer que marcou com o ombro, com o peito, depende das entrevistas. Reside há vários anos com a família em Melbourne (Austrália) e é dirigente num clube da periferia.

Naquele dia no estádio todos juraríamos que o golo tinha sido legal, mas não há muitas dúvidas que se fosse hoje o VAR invalidava!




7 comentários:

  1. o Vatinha já disse que foi com o ombro, e também disse que sentido fazia hoje, passados 30 anos, mentir? O Vatinha e a mão de Deus é que sabem!

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  2. E o golo do Maicon? O VAR invalidava?

    E a mão de Kandaurov, no antigo Dragão, que levou Amorim/Calheiros a anular o nosso golo? seria validado?

    E o penalty que Proença marcou ao Yebda, era invalidado?

    E....e.....e.....

    Viva o Benfica

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  3. também tínhamos o thern, e o ricardo que não jogou por estar castigado.
    mas eles tirando o guarda redes era a selecção de frança complementada por três estrangeiro de grande valia.

    este é daqueles jogos , tal como o 3-6 e o jogo de leverkusen que me lembro de quase todos os pormenores.
    alias naquela tarde ia a subir a pé do marques para as amoreiras e parou um carro, cheio, a pedir indicações para o estadio completamente perdido, malta que lá ia pela primeira vez.

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  4. Se fosse hoje o Var só tinha 1 hipótese,marcar PENALTY.

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    1. obviamente...se fosse hoje..o VAR marcava penalty.

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  5. Eu também estava lá.Lembro-me perfeitamente desse jogo e o espectáculo que foi o lançamento no final do jogo de fogo de artificio.No táxi que me levava para o Hotel,o motorista é que me disse que o golo tinha sido com a mão.Isto há 30 anos!!!

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