quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Entre o fraquinho e o deprimente

É demasiado mau chegar ao final da entrevista e se constatar que, numa entrevista na TV do Clube, mais do que preparada, estudada e montada, não houve ninguém com um nível de qualidade lá dentro que tivesse construído um guião decente e cuidado ao pormenor de cada resposta.

Uma mão cheia de nada, mas desta vez com um desempenho entre o fraquinho e o deprimente. É que podíamos ficar sem as respostas e sabendo contornar, mas saindo por cima, com discurso motivador que arrasta normalmente as multidões...nada disso, foi uma tremenda trapalhada, à qual quem não adormeceu, ficou com depressão a precisar de comprimidos para dormir.

Ficamos com a sensação que vêm aí mais desaires, para os quais temos de ficar à espera e estar preparados, ficamos com a sensação que vêm aí mais novelas e manchetes de casos, para os quais temos de estar preparados. Mas que lá dentro os visados se andam a tentar proteger individualmente. Cada vez que ouvia dizer que ainda ninguém é arguido a barriga dava umas voltas...

A questão das assinaturas é de uma total imagem de incompetência e irresponsabilidade que passa cá para fora e que nos deixa envergonhados...

A Auditoria forense, que se pensava que estava a varrer por completo os assuntos do Clube, afinal focou-se apenas em alguns contratos que estejam sobre a alçada da justiça, o que é de uma visão redutora e não corresponde ao que deveria ser a postura de transparência face à quantidade de fumaça que nos envolveu estes anos de gestão danosa.

Accionistas, investidores, elementos SAD, tudo no ar.

Bater no fundo foi os nós e pés pelas mãos e contradições das histórias dos balneários e como se geriu as últimas semanas do jjudas. Basicamente ele não tinha tomates para enfrentar o jjudas e esperou que o próprio assumisse a própria incompetência e incapacidade de liderar um grupo de trabalho, e obviamente houve revolta dos jogadores por verem que não havia Direção que metesse mão na cagada que ali estava a ser feita.

Ficamos a saber que para ser Diretor Desportivo basta ser benfiquista ferrenho. Não precisa saber um boi de bola nem de gestão desportiva.

Sobre o treinador Veríssimo, esteve dentro do plano aceitável.

Mercado de janeiro...quase passou ao lado, haverá saídas e dá ideia de que de resto não está para aí virado... Mas seguramente que no final da época vão existir vendas de jogadores (Darwin quase de certeza que estará a preparar as malas, e Everton também seria o próximo, mas precisavam que ele voltasse às opções da canarinha...).

Revisão dos estatutos, boas notícias, estará em vista que até final de Fevereiro haja uma proposta.

Nas modalidades, parecendo uma medida populista, a verdade é que assim deve ser, e todos os pavilhões passam a estar abertos e gratuitos a entrada para todos os sócios e para todos os jogos de todas as modalidades. 

O projeto da Cidade Benfica, algo que já começou a dar que falar, por aparentar ser em terrenos que irão valorizar imóveis de certas pessoas e que por isso dá azo a interesses por trás, mas criar condições para todas as equipas do Benfica e estruturas de alto rendimento em condições, é algo que promete.

Remodelações do estádio, principalmente ecrãs, luzes e som, bem como cadeiras, previstas para o Verão.

Esperava mais. Esperava mais preparação acima de tudo. Não esperava que esclarecesse as dúvidas, mas que mostrasse essa confiança de ter as coisas sob controlo, algo que não aconteceu. Não agarrou a oportunidade novamente.

Sábado é para ganhar. É sempre para ganhar.

4 comentários:

  1. Pois. Cá estaremos para ver onde Rui Costa será capaz de nos levar.

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  2. Conversas em família como nos velhos tempos em que se fingia que se mudavam umas coisitas para ficar tudo na mesma.
    E parece que muita gente, fazendo juz ao grande nível de crítica e exigência do povo Português, engoliu tudinho!
    O Titanic afunda mas a banda não pára!
    Meu desejo profundo, que tal como no afundanço do Titanic, que vá a banda toda, maestro incluído!

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  3. Ele falou num navio. Receio é que já haja um rombo no casco.

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  4. Honestamente, em relação ao processo de auditoria não vejo qual seria a alternativa a sugerir... Qual seria?
    O clube vê que a justiça está de olho nalguns negócios e deveria o quê? Olhar para os outros primeiro? Lidar com os negócios que estão sob suspeita de autoridades com a mesma prioridade dos outros? Não percebo qual seria a alternativa nesse caso em particular da Auditoria forense...

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